Como financiar viagens sem comprometer o seu orçamento?

Viajar não é apenas uma forma de relaxar e esquecer os problemas do dia a dia. Também representa uma oportunidade para expandir horizontes, conhecer novas culturas e desafiar as nossas perspetivas.

Nos últimos anos, o aumento das companhias low-cost e dos comboios ultra rápidos tornou as viagens mais acessíveis, permitindo que cada vez mais pessoas façam escapadinhas espontâneas para explorar o mundo.

No entanto, apesar da redução dos preços em transportes, os custos de alojamento, alimentação e atividades continuam a representar um peso significativo no orçamento. Para muitas pessoas, a solução passa por recorrer a um financiamento externo, mas será esta a melhor opção?

Vantagens e desvantagens de financiar viagens

Recorrer a um crédito para viagens pode ser uma solução viável, mas como qualquer outro financiamento, apresenta vantagens e desvantagens.

Vantagens de financiar viagens

• Acesso rápido ao montante necessário, sem comprometer as poupanças.
• Possibilidade de incluir seguros de viagem e saúde, muitas vezes associados a créditos especializados.
• Taxas de juro competitivas, especialmente em créditos de férias.
• Flexibilidade no pagamento, permitindo um planeamento financeiro mais estruturado.

Desvantagens de financiar viagens

• Obrigação de pagamento de prestações mensais, mesmo após a viagem.
• Risco de endividamento, caso não seja bem planeado.

Antes de pedir um crédito para viagens, é essencial avaliar a sua capacidade financeira e perceber se a solução escolhida é sustentável a longo prazo.

Tipos de crédito disponíveis para financiar viagens

Se as poupanças não forem suficientes para cobrir os custos da viagem, existem três opções principais de financiamento:

1. Crédito pessoal sem finalidade específica

• Montantes entre 200€ e 75.000€.
• Prazos de reembolso até 84 meses.
• Pode ser usado para qualquer despesa da viagem.

2. Cartão de crédito

• Permite comprar bilhetes de avião, reservar hotéis e pagar despesas sem saldo imediato na conta.
• No entanto, apresenta taxas de juro elevadas e exige o reembolso do valor gasto dentro do prazo estabelecido para evitar juros adicionais.

3. Crédito férias

• Específico para despesas de viagens e lazer.
• Taxas de juro mais baixas do que um cartão de crédito.
• Algumas instituições oferecem flexibilidade no pagamento e isenção da anuidade.

A escolha entre estas opções deve ter em conta as taxas de juro, as condições de reembolso e o impacto no orçamento mensal.

Como calcular os custos reais antes de financiar

Antes de recorrer a um crédito férias, é essencial criar um orçamento detalhado com todas as despesas da viagem.

Despesas a incluir no orçamento:

• Bilhetes de avião ou comboio.
• Alojamento (hotel, apartamento ou outro).
• Alimentação e refeições.
• Transportes no destino (transfers, aluguer de carro, passe de transportes públicos).
• Seguros de viagem e saúde.
• Vistos e passaportes (se aplicável).
• Atividades turísticas e de lazer.
• Souvenirs e compras.
• Roupa ou acessórios específicos para o destino.

Dicas para reduzir os custos:

• Reservar voos e alojamento com antecedência para obter melhores preços.
• Evitar restaurantes em zonas turísticas e optar por locais frequentados por residentes.
• Explorar atividades gratuitas no destino, como visitas a monumentos, praias ou trilhos.
• Utilizar transportes públicos em vez de táxis ou aluguer de carro.

Com um orçamento bem estruturado, é possível evitar pedir mais dinheiro do que o necessário, reduzindo o peso das prestações mensais.

Estratégias para pagar o crédito de forma sustentável

Para garantir que o crédito para viagens não se torne um problema financeiro no futuro, é importante adotar boas práticas de gestão.

Dicas para um pagamento responsável:

• Escolher um crédito de férias que permita ajustar a data da prestação ao dia de pagamento do ordenado.
• Pedir apenas o valor necessário para cobrir as despesas essenciais da viagem.
• Definir um prazo de reembolso adequado:
• Prazos mais longos reduzem a prestação mensal, mas aumentam os juros totais.
• Prazos mais curtos exigem prestações mais elevadas, mas resultam em menos juros pagos.

• Evitar contrair novos créditos enquanto não liquidar o atual, para evitar um aumento da taxa de esforço.
• Cumprir os prazos de pagamento, evitando juros de mora e penalizações.

Com um planeamento adequado, é possível desfrutar da viagem sem comprometer a estabilidade financeira e sem transformar o sonho de viajar numa dor de cabeça no regresso.