Um Domingo em Évora

Quando pensamos em Évora, no coração do Alentejo, pensamos nos infindáveis campos, nas oliveiras e sobreiros a perder de vista, mas não se resume apenas a isso. Évora é uma verdadeira cidade-museu, os vestígios e história do seu passado levaram o seu centro histórico a ser considerado pela UNESCO, como Património da Humanidade.

Pelo interior das muralhas medievais percorra as pitorescas ruas empedradas, descubra o templo de Diana, a famosa Praça do Giraldo, os palácios imponentes, as capelas e conventos, igrejas e a majestosa catedral gótica. Sem esquecer os cafés com esplanadas que convidam a relaxar, enquanto os restaurantes oferecem uma deliciosa viagem gastronómica.

Fundada em 1186 e consagrada em 1204, a Sé Catedral de Évora, dedicada a Santa Maria, é a maior catedral medieval do país. Mais conhecida por Catedral de Évora ou Sé de Évora, o seu verdadeiro nome é Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, inicialmente um templo primitivo, sucedeu-se o grandioso monumento e fascinante que hoje conhecemos.

Podem ver-se duas torres do período medieval de cada um dos lados da fachada, a torre-lanterna do cruzeiro das naves coroado por uma agulha de escamas de pedra, e para além da entrada do pórtico principal, existe ainda a Porta do Sol, com arcos góticos, e a Porta Norte. A imponência da Sé de Évora pode ver-se também nas três grandes naves no seu interior. E vale a pena subir os 56 degraus até ao terraço e ter uma das melhores vistas de Évora.

É possível visitar a Catedral, os Clautros, o Terraço e um Museu de Arte Sacra.

A Igreja de São Francisco é uma igreja de arquitetura gótico-manuelina e está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal. Respeitando os limites originais, as três naves foram substituídas pela nave única subsistente, coberta pela arrojada abóbada gótico-manuelina que atinge vinte e quatro metros de altura.

Situada na Igreja de São Francisco, encontramos a Capela dos Ossos um dos monumentos mais conhecidos de Évora, construída no século XVII por iniciativa de três monges que pretendia transmitir a mensagem da transitoridade da vida, daí o célebre aviso à entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos".

Mesmo ao lado do Tempo de Diana, encontramos a Igreja de São João Evangelista, também conhecida por Igreja dos Loios. Possui uma construção lindíssima, no exterior destaca-se o portal ogival, de inspiração gótica, formado por cinco arquivoltas suportadas por colunas de mármore branco e um interior ricamente decorado com um revestimento de azulejos.

A igreja faz parte do Palácio dos Duques de Cadaval, que é possível também visitar, parte das salas estão abertas ao público ao longo de todo o ano, exibindo peças raras: livros, forais, armaria, pintura, escultura, mobiliário, porcelana, retratos e acessórios de viagem, entre outros objectos de valor e grande interesse histórico.

Todos os caminhos vão dar à Praça do Giraldo! Este é um ícone de homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, pois este conquistou Évora aos mouros em 1167.

A fonte em estilo barroco é de mármore e tem 8 bicas, cada uma associada a cada rua principal da Praça do Giraldo. No topo existe uma coroa e segundo a história popular, Filipe III de Espanha, em 1619, achou que a fonte era digna de ser coroada.

Localizada na Praça do Giraldo, encontra-se a Igreja de Santo Antão, mandada construir também por D. Henrique. Esta igreja, uma das mais importantes da cidade, domina um dos lados da Praça do Giraldo e apresenta ainda 3 naves no seu interior.

O Recinto Megalítico (ou Cromeleque) dos Almendres é o maior monumento megalítico da Península Ibérica e um dos mais antigos do mundo. Toda a gente já ouviu falar do grandioso Stonehenge, na Grã-Bretanha, mas o monumento dos Almendres é 2000 anos mais antigo! Foi construído há cerca de 7000 anos, quando a humanidade fazia a transição, na Europa Ocidental, de caçadores-recoletores para pastores e agricultores.