Escapadinha por Viseu

Rodeada por serras e pelos rios Vouga e Dão, ergue-se Viseu, uma cidade imperdível de visitar.

Em todos os cantos encontramos jardins carregados de flores dão à cidade um encanto muito especial, os edifícios negros da cidade construídos com o granito da região e contrastam com as modernas fachadas, uma cidade histórica onde as ruas que nos levam num passeio pela História desde os tempos medievais aos contemporâneos, e uma gastronomia e vinhos de excelência.

Durante a época medieval era designada como a Rua das Tendas, por ser, tal como hoje, a principal rua comercial do burgo medieval. No século XV vê o seu nome alterado para Rua Direita, pelo facto de ligar diretamente duas das portas da cidade, a extinta porta de São José e a Porta dos Cavaleiros. Ao longo de toda rua são visíveis casas sobradas, casas senhoriais, janelas manuelinas e inúmeras lojas comerciais, fazendo com ainda hoje em dia se conseguia sentir a alma e o espírito do povo que lhe deu vida ao longo de quase dois mil anos de história.

A Praça D. Duarte é, assim como o Adro da Sé, uma das mais antigas e importantes praças da cidade de Viseu. Baptizada com o nome de D. Duarte, rei português nascido em Viseu em 1391, teve ao longo dos tempos diversas nomenclaturas como: Rossio do Concelho, Largo do Mercado ou Largo de Camões. Tendo como pano de fundo o majestoso Passeio dos Cónegos aproveite para tomar um café nas inúmeras esplanadas que pontuam a praça, admirar a estatua de El-Rei D. Duarte, o Eloquente, ou os frescos da casa de Almeida e Silva pintor e escultor viseense dos inícios do século XX.

A imponente Igreja da Misericórdia, edificada no século XVI e requalificada no século XVIII adquirindo então a feição e a majestosidade barroca que ainda hoje mantém. No seu interior pode descobrir um magnifico órgão de tubos da segunda metade do século XVIII e uma tela pintada a óleo da autoria de “Pintor Gata”, artista viseense do século XIX, representando Nossa Senhora da Misericórdia. Este edifício alberga, ainda, um núcleo museológico com um acervo composto por mais de uma centena de objectos que dá a conhecer a história e as figuras que ao longo de séculos deram corpo a uma das instituições mais antiga do país.

Num dos pontos mais altos da cidade, encontramos a Catedral de Santa Maria de Viseu. 

Edificada nos inícios do século XII, associada a um paço condal e a um castelo, a Sé de Viseu sofreu, entre os séculos XIII e XVII, inúmeras transformações. No seu interior podemos observar o primeiro claustro renascentista de Portugal e uma magnifica “abóbada de nós” do século XVI, bem como o braço relicário de São Teotónio, primeiro santo português. No piso superior, na antiga Sala Capitular, encontramos o Museu dedicado ao Tesouro da Sé, cujo acervo retrata os mais de 900 anos da catedral e o Passeio dos Cónegos, uma loggia que oferece uma das mais belas vistas da cidade.

Localizado no centro histórico de Viseu, junto à Igreja da Misericórdia e à Sé Catedral, o Museu Nacional Grão Vasco tem como objectivo de preservar e valorizar o património histórico, artístico e arqueológico da região de Viseu, em especial as importantes pinturas da autoria de Vasco Fernandes.Fruto de aquisições, legados e doações, actualmente o acervo inclui obras de arte de diversa tipologia e de diversas épocas, incluindo 22 bens classificados como tesouros nacionais.

As Porta do Soar e Porta dos Cavaleiros são portas antigas de Viseu que fazem parte do cerco muralhado defensivo que D. João I mandou erigir durante a crise de 1383-1385. Assim, são o que restou do ataque feito pelas tropas de Castela, que saquearam e incendiaram a cidade no século XIV.

A Muralha Romana construída no séc. IV é o monumento mais expressivo da época romana da cidade, Edificada por volta do ano de 350, esta imponente muralha com 4m de largura e originalmente com cerca de 9m de altura, tinha uma série de torreões semicirculares maciços adossados. Esta fortificação foi construída por forma a defender a cidade das invasões bárbaras.

Situada na extremidade do Parque Aquilino Ribeiro voltada para a Praça da República, a Igreja dos Terceiros de São Francisco, possui uma belíssima fachada com uma longa escadaria, a par do seu interior riquíssimo dominado pela talha dourada do altar-mor.