Escapadinha romântica em Óbidos

Situada na região Oeste, apenas um hora de distância de Lisboa, encontramos a sempre encantadora vila de Óbidos. Conquistada aos mouros foi prenda de casamento de reis a rainhas e local de encontro de Pedro e Inês, está sempre envolta num ambiente de romantismo e por isso foi o destino escolhido para comemorarmos o Dia dos Namorados.

É impossível não nos "perdermos" pelas ruas onde podemos descobrir locais cheios de história e pormenores, percorrer as muralhas do castelo e desfrutar de uma vista deslumbrante, visitar as igrejas e museus, beber uma ginjinha, ir até às livrarias, aproveitar os inúmeros festivais dentro e fora das muralhas ou desfrutar de toda a beleza e actividades nas praias e na Lagoa de Óbidos.

A Porta da Vila, é a entrada principal da Vila e no seu interior encontra-se a capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com varandim barroco e azulejos azuis e brancos com motivos alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e a Prisão de Jesus.

Um verdadeiro símbolo histórico de Portugal, o Castelo de Óbidos, completamente restaurado, é um dos mais belos castelos em actividade e foi considerado em 2007 uma das Sete Maravilhas de Portugal. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou o interesse de povos invasores da Península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupado por Lusitanos, Romanos, Visigodos e Muçulmanos, atribuindo-se a estes últimos a fortificação da povoação. O castelo ergue-se 79 metros acima do nível do mar, com planta no formato rectangular irregular, misturando elementos dos estilos românico, gótico, manuelino e barroco, distribuídos por duas zonas principais: a do castelejo e o bairro intra-muros.

AA Rua Direita, conhecida com esta designação já no séc. XIV liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides, percorrer esta e as outras ruas pela vila é como ser transportado para um quadro vivo
Continuando pela Rua Direita, encontram a Livraria do Mercado, antigo refeitório da Câmara Municipal, numa das extremidades está o Mercado Biológico onde podem comprar fruta, legumes, doces caseiros e outros produtos biológicos; as caixas de fruta foram convertidas em estantes que preenchem o espaço até ao tecto com os livros disponíveis. A Igreja de São Tiago foi mandada construir por D. Sancho I, em 1186, possuía originalmente três naves com a entrada principal virada a poente, comunicando assim directamente com o interior do castelo. Era a igreja de uso da Família Real, sendo enriquecida ao longo dos séculos com numerosas obras de arte, de que se destacava a Galeria da Rainha, obra de talha gótica. Actualmente convertida na Grande Livraria de Santiago, situada junto à entrada do castelo, neste espaço pode encontrar além de uma grande variedade de livros, projecção de filmes, debates, lançamento de livros e exposições ou tomar um chá ou um café.

A Igreja de Santa Maria ou Igreja Matriz é a principal igreja da vila de Óbidos, embora não existam certezas presume-se que a sua fundação ao período visigótico, sabe-se que foi transformada em mesquita no período muçulmano e novamente sagrada por D. Afonso Henriques logo após a conquista da Vila em 1148. O edifício foi construído ao longo de vários séculos, reflectindo as características estilísticas dos períodos sucessivos, apresentando elementos manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos. 

A Igreja de São Pedro de fundação Medieval, da sua construção inicial conserva apenas os vestígios do antigo portal gótico na fachada. Foi reformada na segunda metade do século XVI, como outras igrejas da Vila, de que subsistem o portal principal classicizante, a capela baptismal à entrada do lado do Evangelho, coberta por uma pequena cúpula reticulada assente sobre trompas concheadas, e a escada helicoidal da torre sineira.

Podem também visitar a Igreja da Misericórdia e o Santuário do Senhor Jesus da Pedra.

Estendendo-se ao longo de seis quilómetros, três dos quais subterrâneos, desde a nascente da Usseira até ao chafariz da Praça de Santa Maria de Óbidos, este aqueduto foi mandado edificar cerca de 1573 por D. Catarina, mulher de D. João III, que em troca recebeu da câmara local os terrenos da Várzea. 

Integrado numa política de "actualização do urbanismo da vila" levada a cabo pela rainha, a construção do aqueduto deu origem ao "primeiro sistema de abastecimento de água" de Óbidos.